A maioria das mulheres brasileiras ainda associam a pele bronzeada como sinônimo de beleza, principalmente no verão, se expondo de forma excessiva ao sol em busca da tão sonhada pele dourada e a “marquinha de biquíni”. Este é o paciente de pior aderência ao tratamento médico dermatológico quando precisamos usar tratamentos em que a exposição solar deve ser evitada.

Existem hoje no mercado cosmético produtos que são capazes de manter um bronzeado dourado durante todo o ano, sem correr os riscos que a exposição solar ou as máquinas de bronzeamento artificial causam. São os autobronzeadores, um método artificial, mas que não penetra além do estrato córneo ou da camada mais superficial da pele.

Estes produtos trazem em suas formulações duas substâncias que tem a função de tingir a pele, promovendo o auto bronzeamento, sem exposição a luz ou sol:

DHA – Dihidroxiacetona

O DHA – Dihidroxiacetona é um açúcar simples de três carbonos. Mantém o bronzeamento por mais tempo, porém seu uso isolado possui risco de irritação e reação alérgica em alguns indivíduos, além de produzir um bronzeamento manchado quando a aplicação do produto não for uniforme na pele. Existem relatos também de ressecamento da pele com este ativo.

Eritrulose

A Eritrulose também é um açúcar que sofre o mesmo tipo de reação, mas não apresenta as manchas inconvenientes da DHA, e não bronzeia tanto quanto o uso isolado do DHA.

Muitos autobronzeadores associam a Eritrulose ao DHA, apresentando um menor índice de ressecamento da pele, além de apresentar um bronzeado homogêneo, duradouro e isento de manchas.

Os autobronzeadores existem como sprays, loções, géis e mousses, e também podem ser aplicados em cabines de bronzeamento oferecidas nas clínicas de cosmética.

O bronzeado desaparece ao longo de 3 a 10 dias, e não sai com a lavagem ou ação do sabão, sendo eliminado no processo normal de esfoliação da pele.

O verão e o bronzeamento saudável

A radiação solar é essencial à vida no planeta, e seres humanos privados do sol desenvolvem uma série de doenças físicas e psiquiátricas.

Entretanto, é possível expor-se ao sol com cuidado, de forma leve e gradual, evitando queimaduras, câncer da pele e minimizando o envelhecimento, a fim de se beneficiar do bem-estar que ele nos proporciona, mas não incentivamos nenhuma exposição solar prolongada com a finalidade de bronzeamento.

Sendo assim, incentivamos a exposição solar direta de áreas cobertas, como pernas, costas, barriga, ou ainda palmas e plantas, por 5 a 10 minutos todos os dias (excluindo o horário das 10h às 16h), a fim de sintetizar vitamina D, sem sobrecarregar as áreas cronicamente expostas ao sol.

Normalmente este tipo de exposição solar saudável, para a produção de Vitamina D, não atinge o bronzeado desejado pela paciente, então orientamos realizar auto bronzeamento com os produtos mencionados, para não ter risco aumentado de câncer de pele, além de causar foto envelhecimento da pele, manchas solares e melasma com a exposição solar prolongada.

Não devem faltar em nossa nécessaire protetores solares, mínimo com FPS 30, e que deverá ser reaplicado a cada 2-3 horas, ou com maior frequência se entrar no mar, piscina, ou apresentar intensa sudorese. Produtos capilares com FPS também previne dano solar aos cabelos.

Devemos levar ainda chapéus com abas grandes para proteger a face, pescoço e colo, além dos óculos de sol, que protege nossos olhos, e evitam aquelas rugas “pés de galinha” ao redor dos olhos. Água mineral é também muito importante para repor a perda de agua corpórea causada pelo suor.

Use sempre o protetor solar, mesmo na sombra. Em caso de dúvidas, consulte um dermatologista.